23.9.10

Por quê?

Por que eu não sabia? Por que você? Por que eu não pude resistir e assustado te olhei no escuro? Por que você está tão longe? Eu me pergunto, sempre assustado, tentando entender como as coisas acontecem sem me pedir permissão e sabem exatamente de que maneira devem acontecer.
Depois da revolução que me foi você, eu conto os dias, na angústia que é cada passo no meu caminho, na vontade de estar em outro lugar, na incerteza das manhãs.
Te ver, te sonhar como rotina é incrível. Você é hoje, o motivo mais concreto e a presença mais abstrata. Eu te fiz? Por que você encaixa? Tanto te quero e nem sei se te terei. Tanto me dá e nem sabes quem eu sou. Eu te fiz? Por que você encaixa?
Minha dúvida me instiga mais ainda, minha vontade louca e insensata, companheira por demais frustrada, me compele em tua direção, mesmo que eu me sinta parado. Meus pensamentos se perdem e sempre que olho pra você os reencontro. Sempre de noite, sempre de manhã, sempre nos últimos dias. Por que eu penso em você?
Eu deveria ter entendido há muito. Por quê?

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