13.9.10

Gifts Ungiven

- Calma! - Ela me disse. - Primeiro: Como você está? Tudo bem?
Eu acabava de perguntá-la quando poderíamos nos encontrar. Foi a primeira coisa que consegui dizer após ouvir sua voz do outro lado da linha. Quando eu estava perto dela sempre agia assim, impulsivamente. Na noite em que a conheci também. Eu a admirava sob o capuz do seu casaco listrado, seu rosto meio escondido pelo cabelo e pela sombra. Praticamente corri em sua direção, querendo saber quem ela era. E tentando segurar minha vontade de beijá-la.

- Te trouxe presente! - Falei.
- Sério? Posso adivinhar?
- Ah! Nem tente. Não vou contar.
- Sem graça.

Eu sei que nunca vou beijá-la. Que ela tem planos em que eu não estou incluído. Mas me sinto muito mais leve quando ela conversa comigo. E ela sempre me diz que gosta disso também.

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