12.6.10

Aquele

Aquele que um dia foi feliz. Aquele que viu através do véu da noite e sentiu o seu frio cadavérico. Aquele que disputou a atenção da mais bela e venceu, foi acariciado e afagado com todo o respeito que uma noite fria pode propiciar. Dejelho-lhe a maior das graças, a maior das crenças e a mais perfeita jornada!
Seja fiel àquela noite sagrada e seus átomos quase estáticos. Frios como o olhar das meretrizes que me esperam, impacientes com minha indecisão pela vida.
Não se sinta menor ou maior que aquilo que lhe foi ofertado. Saiba respeitar as posições que te aceitam e seja o responsável por amplificá-las. Nunca diga que o que se vê é perene aos olhos, toda paisagem é diluível. Assim como qualquer opinião.

"Deixai que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer. Deixai que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente, deixai que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, para lhe servir quando for preciso e nunca lhe causar danos. Sejam eles morais, físicos ou psicológicos."

Alegria! Nas noites cinzas e escuras. Como aquele que é infertil ao sorriso e à dor.

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