20.5.09

One Door and one Machine to rule´em all

One Door and one Machine to rule´em all.
E então ele disse: Que se faça a luz. E trêmula ela surgiu tímida.
Assim, naquela manhã de 44, o mundo se fez através dos sons, pelas sombras e violência.
Os primeiros fracos suspiros se originaram de algumas centenas de vidas comuns, que espantadas observaram o afetado rato se dirigir com pressa ao pequeno vulcão e à sua boca cinza.
De repente o chão tremeu, devagar, uma vez após a outra, como se o Diabo estivesse querendo saber quem ocupava a face do planeta: seu lugar por direito. Em sua ira repentina, o Diabo atravessa as portas incandescentes em direção à sua vingança e um a um os poucos suspiros cessam.
Sua voz rasgava os céus e seus pés atingiam o chão como tormentas de inverno: Então vocês acreditaram que poderiam chegar aqui e simplesmente crescer e se multiplicar? Não há espaço para seres fracos. Se querem aqui viver, lutem!
Como o rato e sua corrida, que foi a primeira lição aprendida, os homens correram e nos buracos mais escuros buscaram abrigo das esferas flamejantes que tentavam lhes queimar os pulmões. Em vão.
Após queimar metade da face do planeta, o Diabo acreditou ter eliminado seu problema e se retirou. Mas assim como os ratos os homens são capazes de ir fundo para se esconderem e sobreviverem.
Segundos mais tarde o primeiro pequeno nascia, banhado em sangue, óleo e fogo.
As primeiras vozes calmas, que não agrediram o planeta foram de seus pais: Mamãe te ama pequenino e papai também. O fogo pode te castigar agora, mas a leveza do céu irá te curar.
E seu pai, utilizando seu último suspiro pulou, pulou para o céu. Tomando o Azul do imenso firmamento em seus braços, trouxe a cura para seu filho e faleceu.
Com todo cuidado, sua mãe o limpou, tratou suas feridas e o alimentou.
O contato tão cedo com o Azul lhe transformou, sua pele adquiriu uma tonalidade azulada e clara.
Alguns dias depois sua mãe também fora consumida pelas chamas e o Pequeno Azul, pela primeira vez, saiu de sua toca. O planeta se apresentou para ele, tomado pela escuridão.
Sem saber por qual motivo tudo a sua volta era incandescente ele gritou: Pai! O que você deixou para mim? E lhe faltando ar suspirou: Além dessa azulada, pálida e fraca pele.
Em resposta, seu coração lhe respondeu para ter calma e cuidado.
O Diabo viu uma das paredes de seu vulcão deixar uma pedra cair pela vibração causada pelo grito inconsequente. Mas suas paredes sempre tremiam em ira e os homens já estavam todos mortos.
Passo-a-passo o Pequeno Azul foi conhecer sua herança. O chão começava a congelar no meio da noite e os corpos carbonizados estavam ao redor de sua toca. Foi então que ele soube como o Diabo tirou seus pais dele.


Esse é o início da história. Não sei se vou postá-la inteira, já que ainda não está acabada.
Mas a criação de uma lenda é por si só uma tarefa ingrata.

Valeu Zolet pela pequena ajuda nesse início. Acredito que me ajudará mais ainda no decorrer da criação do resto da história.

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